O blogue da nossa biblioteca

quinta-feira, 27 de março de 2014

Semana da Leitura 2014

Na nossa biblioteca aconteceram vários momentos na Semana da Leitura.
Os alunos, curiosos, foram aparecendo, perguntando... "Quando é? Já podemos ver?".
Esta semana, cujo tema era  LER É UMA FESTA - UMA BOCA, MIL PALAVRAS, foi repleta de diversidade. 
Contámos histórias, fizemos teatro, apresentámos vídeos, criámos cenários, tivemos visitas ilustres, lançamento de livros, entre outras.
As fotos refletem bem o ambiente vivido na nossa escola. Contudo, algumas atividades desenvolvidas como a distribuição de poemas pelas salas e a requisição de livros, que "voaram" da biblioteca para os corredores, não se conseguem espelhar no blogue. 
Estes momentos não se recontam, apenas se vivem. 
Os meninos do 1.º Ciclo adoraram escolher livros no corredor. 
- A biblioteca está mais próxima!-diziam eles.

Dramatização da História "É Tudo verdade ou Pequenas Mentiras do Pequeno Corvo para Todas as Ocasiões" pelas docentes Angelina Esteves, Carla Cruz e Susana Martins.




Apresentação do livro  A Misteriosa Menina do Mar,  pela autora Rosa Ferreira, com ilustração de Carla Anjos e publicação feita pela Chiado Editora.



A autora  Rosa Ferreira é professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico, na Escola Básica 1/JI do Cantinho, São Mateus da Calheta, da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba.
No dia 20 de março, esteve na nossa biblioteca a contar a história do seu livro e conversar com os alunos sobre a importância do mar nas nossas vidas.







No Dia Mundial da Poesia, a Biblioteca Drummond distribuiu poesia, pelas salas, em marcadores de livros. Aqui estão alguns deles:

LÁGRIMA DE PRETA

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.


Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.


Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.


Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.


Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:


nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio).

António Gedeão

 In Máquina de Fogo
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A ALMA

Votada ao fogo obediente ao perigo
Feroz do amor ser muito e o tempo pouco,
Chegas ébrio de sonho, ó estranho amigo
E eu não sei se por mim és anjo ou louco

Num beijo infindo queres morrer comigo.
Nesse extremo és sagrado a eu não te toco.
Esquivo-me: o teu sonho mais instigo.
Fujo-te: a tua chama mais provoco

A incêndio do teu sangue me condenasI  
E com ciumentas ervas te envenenas
Dizendo às nuvens que só tu me viste.

Bebendo o vinho de amantes mortos queres
Que eu seja a mais prateada das mulheres.
E de ser tão amada eu fico triste.
 Natália Correia

In Sonetos Românticos
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Não espero amor nem glória de ninguém:
Espero terra e cinza,
Os blocos do abordar lá na doca esquecida,
E ao longe o rolo branco
Livre e amargo do mar
Que traz com água e indiferença
O cadáver e o frasco azul do adeus marinho.
Como as gaivotas levo a água e o ferro no bico:
Por isso passo e fico.
Naquilo que os outros vêem um vago talento e sorte,
Outros: «belas qualidades, mas purgativo, aquele magnésio…»
Levo coisas tão simples como o meu sonho e a minha morte:
O menino que eu fui, parado nos meus olhos,
O garoto que eu fui, e os sinos que rachei à pedra ainda a vibrar,
Minha mãe no que tenho de condescendente e feminino,
Meu pai na força e pressa do meu próprio coração.
Não espero amor nem glória de ninguém:
Espero a terra e a lisura
Da pá que ma estender,
Além da erva ou torrão de calcadura,
E os filhos velhos, graves
Com um bocado de pão, a minha memória e uma acha a arder
Tudo isso espero com a força e a determinação da esperança,
Com as lágrimas do fraco melodioso,
Mas, cheirando a esturro, a pulso,
Sozinho e perigoso,
Terei vestido e pão no mar e nos seus fundos
E nos peixes de cor as flâmulas de guerra;
Hei-de cravar o Sol no meu destino.
Dar a lua a roer aos que duvidaram de mim,
E transparente como as baías me verão,
Que, vendo-as mansas me verão a mim.
Mas, se acharem as baías bravas, que se aguentem!
Quando meu tio foi para Manaus, lá me aguentei!
Ah, baías salvadas e coléricas,
Açores de ronda ao vagalhão partido!
Morrer é bom quando se deixa                         
Vitorino Nemésio
Algum pecado redimido.                                  In Nem Toda a Noite a Vida



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Semana da Leitura 2014 - de 17 a 21 de março de 2014

Celebre a Língua Portuguesa na Semana da Leitura, redescobrindo a Biblioteca Escolar, lendo por prazerlendo para aprender, em vários suportes, em todos os contextos e com toda a gente.


Festeje a Língua e a Leitura e participe no Concurso Ler é uma Festa!



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BIBLIOTECA DRUMMOND


A nossa biblioteca irá promover um concurso no âmbito da Semana da Leitura -Março de 2014, que consistirá na criação de um texto de escrita criativa elaborado por cada turma.

A turma deve ser dividida em grupos, para que cada um destes possa dar continuidade ao texto criado por o grupo anterior. No final, a história tomará certamente um rumo diferente do esperado, conseguindo, assim, espelhar as ideias de toda uma turma.

A apresentação do texto criado pela turma deverá ser feita em versão de curta metragem, em MovieMaker ou por dramatização, a agendar na Biblioteca, à qual assistirá o júri definido para o efeito.

Os trabalhos deverão ser entregues até ao dia 14 de março de 2014.

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A Hora do Conto, atividade semanal da nossa biblioteca, não podia deixar de comemorar a semana da Leitura. Desta vez, irá explorar uma história interessante de um livro da nossa estante infantil, nomeadamente É tudo verdade!, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura. A história irá prender a atenção dos mais novos e incentivará... a compreensão e assimilação de um valor importante. E mais não dizemos!









O ponto de partida será "Uma boca, mil palavras".
Hora do Conto: 1.ª Sessão: 13h 30m - Ensino Pré-Escolar e 1.º Ano
                         2.ª Sessão: 14h 15m - 2.º, 3.º, 4.º anos e OPI














sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"The Very Hungry Caterpillar"


As crianças do ensino pré-escolar têm visitado a nossa biblioteca para a audição de histórias.
No mês de Janeiro, foi a vez desta pequena "Caterpillar" alegrar o espaço e ensinar-lhes  novos vocábulos como: apple, plums, pears, oranges and strawberries.
Os alunos assistiram à história com entusiasmo e atenção, uma vez que esta estava repleta de ação, devido à dramatização das professoras.
No final, realizaram jogos e atividades lúdicas.









quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

St. Valentine's Day

A Biblioteca Drummond festeja amanhã o dia de S.Valentim, em parceria com o Departamento de Línguas.
Com a participação ativa de todos, já podemos dizer que "Love is in the air".






Ao longo do dia 14 de Fevereiro, na nossa Biblioteca irá decorrer "Blind Date with a Book".
Passa pela biblioteca e leva "um amor embrulhado em forma de livro".

Apaixona-te!


Durante o dia haverá hora do conto em versão de histórias de amor... quem as não tem! E música....

"Então, 
bate, bate coração..."




E em frente à reprografia,encontra-se uma recolha de poemas em português e "definições de amor" feitos pelo 3.º ciclo da nossa escola.

Happy St. Valentine's Day

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O regresso de "O que ando a ler..."

O blogue da nossa biblioteca abraça novamente a rubrica "O que ando a ler...". 
Desta vez foi a Prof.ª Ilídia Bettencourt que partilhou as suas leituras:

Acabei de ler Milagrário Pessoal, de José Eduardo Agualusa. Desta vez, o escritor angolano escreve sobre as palavras que fazem a nossa língua, tema que me interessa muito, como é natural, uma vez que sou professora de Português.
Uma história de amor improvável serve de pretexto para uma viagem pela língua, em busca da origem das palavras. Ao longo do livro, mergulhamos numa trama de investigação pouco habitual. Aqui não se investigam homicídios, nem contrabandos, nem outras tramas a que a Literatura nos habituou. Neste livro, investigam-se palavras e a sua origem. Parte-se numa viagem rumo à origem dos neologismos que entraram no português. Mais um bom livro de um escritor que aprecio bastante e que não me costuma desiludir.
Partilho convosco o primeiro parágrafo da obra, sobre o poder das palavras, a fazer lembrar o conhecido poema de Eugénio de Andrade.


“As palavras, como os seres vivos, nascem de vocábulos anteriores, desenvolvem-se e fatalmente morrem. As mais afortunadas reproduzem-se. Há-as de índole agreste, cuja simples presença fere e degrada, e outras que de tão amoráveis tudo à sua volta suavizam. Estas iluminam, aquelas confundem. Umas são selvagens, irascíveis, cheiram mal dos pés, fungam e cospem no chão. Outras, logo ao lado, parecem altivas e delicadas orquídeas.”

José Eduardo Agualusa, Milagrário Pessoal



As palavras 
São como um cristal, 
as palavras. 
Algumas, 
um punhal, um incêndio. 
Outras, 
orvalho apenas. 

Secretas vêm, cheias de memória. 
Inseguras navegam: 
barcos ou beijos,
as águas estremecem. 
Desamparadas, inocentes, 
leves. 
Tecidas são de luz 
e são a noite.
 E mesmo pálidas 
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem 
as recolhe, assim, 
cruéis, desfeitas,
 nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade


Participa e envia-nos o teu texto sobre as tuas leituras. Entusiasma-nos!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Amigo Secreto

Este ano o espírito natalício invadiu a escola e houve grande interação entre os participantes.
Troca de mimos e presentes da atividade "Amigo Secreto", que decorreu na biblioteca e no bar da escola. 
 

A equipa dinamizadora da Biblioteca deseja Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
As palavras podem ser as mesmas, mas os sentimentos e a sinceridade são sempre renovados e crescentes.